sexta-feira, 10 de maio de 2013

O dia da mãe das mães


O dia da mãe das mães

Mãe de todos nós, Maria é um exemplo particular para as mulheres, chamadas pela própria natureza e escolhidas por Deus para a missão da maternidade.  A jovem de Nazaré, ainda virgem, carregará em seu ventre o Filho de Deus, irá gestá-Lo de forma humana e, assim, verá acontecer em seu próprio corpo o milagre da geração da vida.  Pela essência divina de Seu Filho, Maria faz de seu útero o primeiro sacrário da humanidade.  O que essa mulher teria, então, a dizer hoje para todas as mulheres e mães de nosso tempo?
O mistério da concepção da vida e de sua gestação no ventre de uma mulher é uma experiência única e indizível.  As transformações físicas e emocionais pelas quais a mulher passa durante uma gravidez são, porém, constituintes de sua natureza feminina e só a fortalecem como nenhuma outra experiência é capaz de fazê-lo.  Por sua gestação, a jovem Maria tornou-se mulher.  Sedimentou em seu coração os sentimentos próprios daquela que é feita para cuidar, para alimentar, para acolher, para estar pronta sempre.  Maria experimentou o “ser mãe” tal qual qualquer mulher o experimenta e, por isto, recebeu os frutos próprios da geração de um filho: o paraíso e a dor, o carinho inigualável expressado na troca de um olhar, o pulsar do coração mais forte na primeira vez em que o ouviu chamá-La de “mãe” (ou, provavelmente, “mãmã” como o dizem os bebês).
O divino que crescia em seu ventre, divinizava todo o seu ser: corpo e espírito.  Assim também acontece com a mulher que gera um filho.  Não carregamos mais a expectativa de gerar em nossos ventres atuais o Messias, mas os filhos que geramos hoje são a concretização das promessas de Deus, que continua a acreditar na humanidade e, por isso, teima em fazê-la crescer.  O mistério da maternidade é divino em si.  Deus, o Criador de todas as coisas, poderia ter escolhido outra forma de fazer a humanidade multiplicar-se, mas escolheu a maternidade, escolheu o escondido de duas vidas que se fazem uma única e esta é gerada dentro de um útero e acalentada no seio de uma mulher.
Portanto, o Dia das Mães, não pode ser só uma data comercial, não pode ser só uma confraternização das famílias.  É o dia de celebrar um mistério de Deus, uma aliança que o Pai faz com seus filhos – ou, especificamente, com suas filhas – tornando-os partícipes na perpetuação da humanidade, fazendo-os acolher o mistério da vida gerada desde sempre em Seu coração.
Autor: Gilda Carvalho