Bem-aventurada Madre Maria Pia Mastena

75 ANOS DE HISTÓRIA!

A Face do "mais belo entre os filhos dos homens" fascinou a jovem Teresa. Desde a mais tenra idade, Jesus, enamorado da pequena Teresa, manifesta-lhe a sua doce Face. A face do Amor revela-se desejosa de ser reparada e amada. Teresa Mastena, então, abre-se à experiência ímpar de reparar as feridas e os pecados cometidos pela humanidade à Face Santa de Jesus, seu Bem-amado. Quantas noites passadas diante do Sacrário! Quantas vigílias! Quantas lágrimas derramadas em favor dos pecadores! A Face de Jesus a levou a percorrer a estrada da contemplação e ação no serviço aos pobres, aos doentes e moribundos, a sair noites adentro para levar um pouco de alívio e consolo aos necessitados, à famílias famintas; a arriscar-se perante o poder nazista, para garantir assistência às famílias carentes; Ir. Passitea, incansável andarilha da Face de Cristo, reconheceu em cada rosto que encontrou, que cuidou, o rosto do seu Esposo, e desejando vê-lo sorrir, trabalhou incansavelmente. Aquele rosto que se lhe manifestara quando criança, ficou impresso em seu coração, e o amor que lhe devotou durante toda a sua vida, foi crescendo e se expandindo ao ponto que ela desejou, ardentemente, dedicar todas as horas, minutos e segundos da própria vida à contemplação do Rosto. O serviço empreendido em favor dos irmãos, o fervoroso apostolado desenvolvido em meio aos pobres parecia-lhe insuficiente. Fazia-se necessário a clausura. Assim, Passitea deixa o mundo e se esconde na Face de Jesus. Prisioneira do Amor, experiencia as delicadezas do Amado, escuta-o, permanece aos seus pés, como Maria, aos pés do Mestre. Com Ele percorre os caminhos do silêncio fecundo, da solidão acompanhada, dos desertos, das miragens e do Oásis. Dona Maria, como é chamada, aprofunda sua experiência de Deus, mais do que nunca entrega-se totalmente aos cuidados do Amado, que a conduz segundo seus desígnios benevolentes. Assim como a lagarta, depois de um longo processo, deixa o casulo como uma bela borboleta para embelezar o mundo, Maria Pia deixa a clausura, enriquecida e guarnecida pela graça e o amor de Deus, que lhe garantirá êxito em seu empenho de, no seio da Igreja, plantar um novo jardim de almas desejosas de fazer sorrir a face de Jesus nos irmãos. Sim, Maria Pia, "no seu tanque de guerra", não descansará, moverá céus e terra, até que o desejo do Esposo se realize com a Fundação das Religosas da Sagrada Face. Depois de muitas batalhas, ela, finalmente, vislumbra a nova semente nascida com o carisma de: "Propagar, Reparar e Restabelecer a Face de Cristo nos irmãos". 75 anos se passaram desde a ereção canônica da nossa Congregação, feita por nosso querido Dom Eugenio Beccegatto, que, como pai, guiou os passos de Mastena, direcionando-a na vontade de Deus, ajudando-a nos momentos difíceis, mas também aprendendo dela, que a fé move montanhas. 75 anos de sonhos, de lutas, de contemplação e ação na Igreja e no mundo, para que a Face de Jesus volte a sorrir nos rostos desfigurados de nossos irmãos e irmãs. 75 anos de uma história que vem sendo escrita com a ação e o amor de cada consagrada e consagrado à Face de Jesus, filhas e filhos da Beata Mastena, que nos aponta a Face como meio seguro de santificação. Certamente, nossa Madre, ao lado de Jesus, lança-nos um olhar - oxalá - orgulhoso, materno, ajudando-nos a percorrer o seu caminho, levando-nos nos braços quando não conseguimos caminhar mais, mostrando-nos a estrada quando nosso olhar não consegue vislumbrá-la. É, parece que o trabalho iniciado por ela, continua dela, pois sei que do céu, ela continua a mover céus e terra, a tirar dos tesouros de Deus para derramá-los entre nós. Sim, Madre Mastena continua sendo a grande protagonista desta obra, desta história, sua presença constante como mestra de obras, nos impulsiona a continuar o seu projeto, a repensar as estruturas, a redimensionar os sonhos, a partir para a ação. Obrigada Madre Mastena pela sua ousadia, pelo seu amor-doação, pelo tesouro colocado em nossas mãos: a Face de Cristo, pela estrada aberta para nós, por ir à nossa frente, por vigiar por nós, qual sentinela. Obrigada Mãe!!!