quinta-feira, 30 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Saudade de mãe!!!
Coloquei o filtro da arte naquela cena comum
e a luz que até então estava escondida
veio surpreender-me com seu poder de claridade.
e a luz que até então estava escondida
veio surpreender-me com seu poder de claridade.
A mulher simples, mãos calejadas de lida rotineira,
mulher que aprendeu a curar as dores do mundo
a partir dos meus joelhos esfolados de quedas e estripulias.
Aquela mulher, minha mãe,
rosto iluminado por uma labareda que tinha origem no fogão de lenha
trazia consigo o dom de me devolver a calma
que a vida tantas vezes insistiu em me roubar.
Aquela cena, mulher, fogão de lenha,
panela preta, escondendo a brancura de um arroz feito na hora
é uma das cenas mais preciosas
que meu coração não soube esquecer.
Saudade de mãe é coisa sem jeito.
Chega quando menos imaginamos:
um cheiro, uma melodia, uma palavra, uma imagem
e eis que o cordão do tempo nos convida ao retorno à infância,
como se um fio nos costurasse de novo ao colo da mulher
que primeiro nos segurou na vida
e agora pudesse nos regenerar.
Chega quando menos imaginamos:
um cheiro, uma melodia, uma palavra, uma imagem
e eis que o cordão do tempo nos convida ao retorno à infância,
como se um fio nos costurasse de novo ao colo da mulher
que primeiro nos segurou na vida
e agora pudesse nos regenerar.
Saudade de mãe é ponte que nos favorece um retorno a nós mesmos.
Travessia que nos recorda uma identidade muitas vezes esquecida,
perdida na pressa que nos leva.
Saudade de mãe é devolução,
é ato que restitui o que se parte,
é luz que sinaliza o local do porto,
é voz no ouvido a nos acalmar
nas madrugadas de desespero e solidão
através de uma frase simples:
é voz no ouvido a nos acalmar
nas madrugadas de desespero e solidão
através de uma frase simples:
"dorme meu filho, dorme"
Hoje, nesse dia em que a vida me fez criança de novo;
neste instante em que esta cena feliz tomou conta de mim,
uma única palavra eu quero dizer
neste instante em que esta cena feliz tomou conta de mim,
uma única palavra eu quero dizer
Oh, minha mãe... que saudade eu sinto de você!
(Pe. Fábio de Melo)
O dia da mãe das mães
O dia da mãe das mães |
Mãe
de todos nós, Maria é um exemplo particular para as mulheres, chamadas
pela própria natureza e escolhidas por Deus para a missão da
maternidade. A jovem de Nazaré, ainda virgem, carregará em seu ventre o
Filho de Deus, irá gestá-Lo de forma humana e, assim, verá acontecer em
seu próprio corpo o milagre da geração da vida. Pela essência divina
de Seu Filho, Maria faz de seu útero o primeiro sacrário da humanidade.
O que essa mulher teria, então, a dizer hoje para todas as mulheres e
mães de nosso tempo?
O mistério da concepção da vida e de sua gestação no
ventre de uma mulher é uma experiência única e indizível. As
transformações físicas e emocionais pelas quais a mulher passa durante
uma gravidez são, porém, constituintes de sua natureza feminina e só a
fortalecem como nenhuma outra experiência é capaz de fazê-lo. Por sua
gestação, a jovem Maria tornou-se mulher. Sedimentou em seu coração os
sentimentos próprios daquela que é feita para cuidar, para alimentar,
para acolher, para estar pronta sempre. Maria experimentou o “ser mãe”
tal qual qualquer mulher o experimenta e, por isto, recebeu os frutos
próprios da geração de um filho: o paraíso e a dor, o carinho
inigualável expressado na troca de um olhar, o pulsar do coração mais
forte na primeira vez em que o ouviu chamá-La de “mãe” (ou,
provavelmente, “mãmã” como o dizem os bebês).
O divino que crescia em seu ventre, divinizava todo o
seu ser: corpo e espírito. Assim também acontece com a mulher que gera
um filho. Não carregamos mais a expectativa de gerar em nossos ventres
atuais o Messias, mas os filhos que geramos hoje são a concretização
das promessas de Deus, que continua a acreditar na humanidade e, por
isso, teima em fazê-la crescer. O mistério da maternidade é divino em
si. Deus, o Criador de todas as coisas, poderia ter escolhido outra
forma de fazer a humanidade multiplicar-se, mas escolheu a maternidade,
escolheu o escondido de duas vidas que se fazem uma única e esta é
gerada dentro de um útero e acalentada no seio de uma mulher.
Portanto, o Dia das Mães, não pode ser só uma data
comercial, não pode ser só uma confraternização das famílias. É o dia
de celebrar um mistério de Deus, uma aliança que o Pai faz com seus
filhos – ou, especificamente, com suas filhas – tornando-os partícipes
na perpetuação da humanidade, fazendo-os acolher o mistério da vida
gerada desde sempre em Seu coração.
Autor: Gilda Carvalho
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