"No hemisfério norte, a primavera
avança com muitos e coloridos florir; o clima favorece passeios e
excursões. Para a Liturgia, maio pertence sempre ao Tempo da Páscoa, o
tempo do 'aleluia', do revelar-se o mistério de Cristo na luz da
Ressurreição e da fé pascal". Nesses dois contextos, o "natural" e o
litúrgico, se insere bem a tradição da Igreja de dedicar o mês de maio à
Virgem Maria. Ela, de fato, é a flor mais bela
que desabrochou da criação, a "rosa" que apareceu na plenitude do tempo,
quando Deus, mandando seu Filho, doou ao mundo uma nova primavera.
Maria é, ao mesmo tempo, protagonista, humilde e discreta, dos primeiros
passos da comunidade cristã: Ela é o seu coração espiritual, porque a
sua presença em meio aos discípulos é memória viva do Senhor Jesus e
penhor do dom do seu Espírito.
"Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada" (Jo 14,23). Essas
expressões são dirigidas aos discípulos, mas podem ser
aplicadas em máximo grau justamente Àquela que é a primeira e perfeita
discípula de Jesus. "De fato, Maria observou primeira e plenamente a
palavra do seu Filho, demonstrando assim de amá-lo não somente como mãe,
mas primeiramente como serva humilde e obediente."
No
seu coração, Maria meditava e interpretava fielmente tudo aquilo que o
seu Filho dizia e fazia. Deste modo, já antes e, sobretudo, depois da
Páscoa, a Mãe de Jesus se tornou também a Mãe e o modelo da Igreja". (Bento XVI)
Maria, mãe de Jesus e nossa, rogai por nós!